saber estar só é compreender-se nunca sozinha
nunca esvaziada
eu carrego, em momentos de tormento
ou contentamento, aquelas que me preenchem
mesmo em silêncio, quieta no vazio do nada,
não estou só
as vozes que me compõem
saltam em cada gesto,
em cada fio
de existência
atado à vida
e mesmo quando elas se ausentam
e me deixam vagar no vazio cômodo da solidão
poetas me dizem
e canções me revelam
estar só é saber-se nunca sozinha
(ou não)
talvez seja mesmo
a ausência
algo presente:
um buraco cheio de nada que habita minha alma.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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11 comentários:
O "ou não" me deixou perdido :p
mas tá bom demais o poema..
e q pena eu n poder ir pra naçao, vai ser historico :/
pois com "ou não" ou sem ele, eu sou incapaz de entender o poema.
rsrsrs entenda não, viaje aí!
=)
Tão presente a solidão que o coração esvai na solidão da quimera.
Gostei do seu espaço,parabéns.
Carinho
Se Hebert estava certo em dizer que "saber amar é saber deixar alguém te amar" ser só deve ser isso daí...
Achei tão Clariceano esse!!Adorei!hehe
=**
:)
eu sou a favor do sempre só.
convivendo e remuendo com nós mesmo. no the end, é só,sozinho.
o que nos cerca é a saudade, são as vozes, o amor.
rindo aqui, li seu comentário: entenda n viaje.
abaixo ou acima com as âncoras!!!
viajemos.como diriam Drummond: na "dificílima, dangerosissíma viagem de si a si mesmo"
mas olha só que poema mais perfeito.
sinto extamente isso, querida.
uma solidão acompanhada.
uns dedos. uma música. uns poetas. as vozes na cabeça e o resto todo.
perfeito.
um beijo flor
que lindo, um aprendizado e tanto... Tô aprendendo todo dia a ouvir as minhas vozes, e as músicas e os livros me comentam e preenchem também!..
Beijo
Muito bom. Parabéns e excelente conselho: "entenda não, viaje aí!"
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