"evitam qualquer relação com pessoas
de temperamento sórdido."
que vire lema!
sábado, 22 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
instante de calor
carnaval no meio da noite
é ela contornando o ar com o corpo
e entornando a cachaça do copo
e a boca da noite violando
ouvidos e sentidos.
é ela contornando o ar com o corpo
e entornando a cachaça do copo
e a boca da noite violando
ouvidos e sentidos.
meia vida na metade do dia
saio e encaro a rua coberta de sol, tão iluminada que o chão abandona o concreto e se dissolve em ouro líquido, é assim o chão das ruas quando me encontro com o meio-dia.
sigo, retorno, perdida, vou e volto por atalhos e retalhos de caminhos sem fim, passo por casas coloridas e pessoas cinzas, por telões em cores - expostos em outdoors - e a humana vida em preto e branco descendo bueiro abaixo, essa mesma vida te olha com olhos fundos, muito fundos e doídos, dentro daquela dor de quem muita morte cotidiana já viu.
o dia diz e ainda escarra na cara
que nem tudo o que reluz é ouro
e que nem toda morte é velada.
sigo, retorno, perdida, vou e volto por atalhos e retalhos de caminhos sem fim, passo por casas coloridas e pessoas cinzas, por telões em cores - expostos em outdoors - e a humana vida em preto e branco descendo bueiro abaixo, essa mesma vida te olha com olhos fundos, muito fundos e doídos, dentro daquela dor de quem muita morte cotidiana já viu.
o dia diz e ainda escarra na cara
que nem tudo o que reluz é ouro
e que nem toda morte é velada.
fim de caso
da página branca do teu olhar
saltaram dois pontos finais
ganho lágrimas de presente
embrulhadas num papel-passado de lembranças.
saltaram dois pontos finais
ganho lágrimas de presente
embrulhadas num papel-passado de lembranças.
da tua pele
aqui dentro
subo os degraus e chego em casa mais cedo que de costume
passo da sala para a varanda sem intervalos sem empecilhos
grades por todos os lados
a vista da varanda é recortada por colunas de ferro:
linhas recortam e fragmentam as retinas de minha rotina
fechar os olhos é fuga e me leva além
livre do lado de dentro, amém.
passo da sala para a varanda sem intervalos sem empecilhos
grades por todos os lados
a vista da varanda é recortada por colunas de ferro:
linhas recortam e fragmentam as retinas de minha rotina
fechar os olhos é fuga e me leva além
livre do lado de dentro, amém.
visceral
com unhas e dentes
violento teu corpo nu
adentro entranhas
garras, mordidas
e teus ossos afloram
lírios brancos
teu corpo jardim
jaz em mim.
violento teu corpo nu
adentro entranhas
garras, mordidas
e teus ossos afloram
lírios brancos
teu corpo jardim
jaz em mim.
umas e outras
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