quinta-feira, 8 de outubro de 2009

um intervalo para a apatia

meu amor me disse para eu não ter medo do vermelho
que sai de dentro dele

porque sangue já não era
o sangue, enfim, havia estancado


meu amor me disse para eu não ter medo do vermelho
que sai de dentro dele

porque certos sentimentos são vermelhos por natural reza

e por mais que eu não goste desse vermelho in
tenso para minha falta de cor

eu poderia me permitir
e tocar o rubro

pelo menos por enquanto,
pelo menos dessa vez.

5 comentários:

Carolina de Castro disse...

Vai arriscar?
Que otimo!! Um toque de cor nunca faz mal!
Principalmente se for a cor da paixão!
beijos

João Jales disse...

Linda! tu acredita que eu pensei na cor vermelha segundos antes de ver teu poema?

Niña disse...

Quando se trata de amor, não deve haver espaço para o medo.
Lindo...

:)

Polly Barros disse...

se o vermelho for intenso e de boa vontade pintarem juntos esse mundo, vai em frente!

Sonhos Crônicos disse...

a carne do poema enrubesce a forma.
é vermelho, tátil e projétil a espinhar o surgimento do novo, continuamente.
Parabéns, Marcinha!
Beijão!