colado às paredes
escusas
escuras
(sem rupturas)
meu corpo
e teu corpo
movimentos em feixes
teus braços-peixes
escorregam
e me dizem
sempre um sonoro sim
carregado de língua vermelha
estridente entre os teus dentes
um sonoro sim
sempre marcado
(nunca cerrado)
um sonoro sim
que me afeta, me acerta,
me ergue, me abre, me explora,
me tinge, me sua e me situa.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
inércia moderna
pois quando tudo é nada
parece que os lençóis da nossa cama
perdem as cores
parece que o café da nossa cozinha
fica frio
e o filme da sala de espera
parece que sempre nos espera
e nunca começa.
parece que os lençóis da nossa cama
perdem as cores
parece que o café da nossa cozinha
fica frio
e o filme da sala de espera
parece que sempre nos espera
e nunca começa.
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