quarta-feira, 16 de setembro de 2009

pela poesia moderna

foi-se o tempo do rebuscamento
o verso se pede pouco
arrocho conciso de
imagidéia
em p a l a r v a s
quase nunca maturadas.

sem tempo para egotrip

quem se acha no centro de tudo
não conhece as beiradas dos mundos.

"Eu, você, nós dois, já temos um passado, meu amor..."

Sempre sou cúmplice de quem passeia por mim. Esteja você calçando coturno pesado de aço ou vestindo, solamente, a delicada pele do pé. Então, se em alguma turva noite curva eu me interditar, não desista de mim. Não esqueça de meus atalhos e esquinas. Através deles você chegará mais rápido ao outro lado. E eu ainda estarei em você, mesmo que sem um depois para nós. Não desista de nós dois porque o passado já nos deu de presente muitas importâncias. Sejamos eu e você, um cá, outro lá, mas sejamos. Nos doemos pelo ido. Mesmo que doídos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

privacidade

o amor do outro para o meu íntimo
respira aliviado
na clausura do canto do quarto.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

biblioteca

ela chega para os livros
dia sim, noite não

e entre

pó,
traças,

palavras vivas,
e páginas encardíacas
ela entra nas vidas
que entram nela.