terça-feira, 29 de abril de 2008

presente tempo

um dia, uma noite
vários dias, várias noites
o tempo é agora
o agora é eterno

é ameno, é intenso
é dividido em micro-tempos
que nos sugam para uma realidade paralela
e avessa a tudo que não seja cor de vinho

um tanto de tempo
que não sei mais quanto dura
nem o quanto se prolonga

mas que sempre me arrasta

mas que sempre se arrasta
e mais que nunca me atravessa.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Suave Céu Intenso


"Eu fiquei grávida num domingo de manhã. Tinha um cobertor azul de lã escura. Mateus me pegou pelo braço e disse que ia me fazer a pessoa mais feliz do mundo. Me deu um cd gravado com todas as músicas que eu mais gostava. Ele disse que queria casar comigo. Ou então morrer afogado."

(Hermila em pleno suave Céu...)

Não canso nunca de ver, rever, mastigar, engolir seco
e vomitar lágrimas por esse filme.


O Céu é a vida nua e crua, despida e vermelha,
vida real que lateja e depois derrete de tão quente,

vida onde o silêncio fala através de olhos e toques,

um silêncio denso que é mais sincero que tudo.


Também tenho ouvido "Tudo Que Eu Tenho", interpretada pela Diana, um zilhão de vezes,
e vem uma sensação de fios e espirais se embaralhando mais e mais dentro do peito, eu sus.piro e passa, mas volta e meia volta. Aliás, vale "ouver" toda a trilha sonora do filme, Kassin trouxe para ela uma contribuição lisérgica embriagante, Suely in the Sky!

Acho que eu passaria dias nessa viagem,
pegando todos os ônibus que me levassem

para ainda mais perto desse Céu.

Link para a cena de abertura do filme.